27/02/2024 às 13h09min - Atualizada em 27/02/2024 às 13h09min

Governo quer usar helicópteros civis para entregar alimentos para índios Yanomami em Roraima

A Força Aérea Brasileira deverá parar em breve o apoio logístico no Território Indígena Yanonami e o governo quer que civis assumam o trabalho

Hoje o apoio logístico para combater a crise humanitária no Território Yanonami é feito pela FAB, que também tem feito o controle do espaço aéreo da área para evitar voos de aeronaves de garimpo.

Porém, por não ser a sua finalidade, já que é uma Força Aérea e não uma Guarda Aérea Nacional, a FAB tem cobrado R$1,6 milhões de reais da FUNAI para fazer o transporte de cestas básicas de alimento e outros insumos, e não executou as tarefas no segundo semestre exatamente por precisar do equipamento e pessoal para suas missões em outras áreas do país.

Ficou acordado que a FAB fará o transporte das cestas que estão no depósito da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Boa Vista, Roraima, até o final de março, segundo informa a presidente interina da Funai, Lucia Alberta, para o jornal Folha de São Paulo.

De abril em diante a entrega será a cargo de uma empresa contratada pela Funai e pelo Ministério dos Povos Indígenas. O jornal informa que o foco será para contratar helicópteros grandes, do modelo Blackhawk ou similar, sendo a segunda opção o uso de aviões (aeronaves de asa fixa).


O Blackhawk é um famoso helicóptero militar fabricado pela Sikorsky, hoje parte da gigante de defesa americana Lockheed Martin. A sua versão civil, a S-70i, é oferecida mas não é operada por nenhuma empresa no Brasil.

De porte similar ao Blackhawk, hoje o Brasil conta com helicópteros civis Airbus H175, H225 Super Puma e Leonardo AW189, com algumas unidades destas aeronaves operando na Amazônia em missões de apoio à exploração de petróleo e de energia.

O uso de aeronaves de asa rotativa é preferido dado o fato de que muitas aldeias são distantes de pistas de pouso, que também são mantidas de maneira precária e por questão de segurança pode ocorrer uma recusa por parte das empresas aéreas de operarem nestes locais, mesmo com aviões monomotores pequenos.


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