O Ministério da Saúde definiu que o território Yanomami em Roraima será a primeira região do Brasil a receber doses de Tafenoquina, remédio recém-incorporado ao SUS para a cura da malária.
Oito mil esquemas de tratamento com o medicamento estão sendo enviados pela pasta até o local, o que deve suprir as necessidades da comunidade indígena por pelo menos seis meses.
O material já chegou a Roraima. A ação é uma uma tentativa de conter a crise humanitária que atinge os Yanomami desde o início do ano passado: a área em que eles vivem é endêmica para a doença transmitida pelo mosquito-prego.
No ano passado, o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami registrou 30,9 mil casos de malária. Do total, 21,6 mil eram referentes à chamada malária vivax, o tipo mais comum no país, justamente para o qual a Tafenoquina é indicada.
A principal vantagem do medicamento é que a administração é feita em dose única, de maneira mais rápida que as terapias anteriores do SUS, que duravam até oito semanas. Depois do território Yanomami, a previsão é que o tratamento, indicado para maiores de 16 anos, seja disponibilizado em todo o país, de acordo com as demandas locais.