O garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami está em processo acentuado de queda desde a implantação da Casa de Governo, em Boa Vista, no final do mês de fevereiro deste ano. Com todas as ações do Governo Federal centralizadas e coordenadas na nova estrutura, o resultado do trabalho dos 31 órgãos federais que atuam na região estabeleceu ao garimpo ilegal a destruição da infraestrutura montada para as ações criminosas.
A megaoperação do Governo Federal contabiliza um prejuízo de mais de R$110 milhões imposto aos criminosos, com a inutilização de aeronaves, motores e geradores, entre outros equipamentos usados na atividade criminosa.
"Os resultados já alcançados mostram a efetividade da articulação e do planejamento instituído a partir da Casa de Governo. Estamos mostrando aos criminosos que não vamos tolerar a continuidade desta exploração”, disse Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo em Boa Vista
Do valor total de prejuízos impostos às atividades de criminosos na TIY, somente com apreensões de ouro e outros minérios, o valor corresponde a R$ 9 milhões, apreensão de veículos R$ 2 milhões e multas aplicadas já somam R$ 11 milhões. Em outra frente, que se dá por meio de destruição e/ou inutilizações, já são R$ 19 milhões apenas com aeronaves, mais R$ 34 milhões com pistas de pouso e outros R$ 30 milhões referentes a maquinários e mais R$ 5 milhões em outras apreensões e/ou destruições.
O extrato de custos do garimpo foi mapeado através do trabalho de inteligência realizado pelos órgãos federais. De acordo com a apuração, o aluguel de um barco para acessar a terra chega a R$ 25 mil; o frete de voo custa em torno de R$ 15 mil; e o garimpo tem pago a pilotos de aeronaves R$200 mil ao mês. “A grama do ouro comprado direto do garimpo está com custo elevado, em torno de R$ 370”, revela o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, responsável pela articulação dos órgãos federais envolvidos.
Com a inutilização da infraestrutura arquitetada pelos criminosos, o custo do garimpo ilegal se torna cada vez mais alto. O diretor da Casa de Governo apresentou à equipe interministerial, durante reunião no Palácio do Planalto na última segunda-feira (8), o dado de 40% de aumento nos custos da atividade criminosa dentro da terra indígena. “O garimpo ilegal na Terra Yanomami será antieconômico”, afirmou Tubino.
EQUIPE - Mais de 560 servidores federais formam a equipe em atuação. Eles realizaram 967 operações de inteligência, fiscalização e repressão entre os meses de março, abril, maio, junho e o início de julho deste ano. Neste mesmo período, 58 pessoas foram presas.
Nilton Tubino considera que o Governo Federal segue para uma nova fase do trabalho na Terra Yanomami.
"Os resultados já alcançados mostram a efetividade da articulação e do planejamento instituído a partir da instalação da casa de Governo. É importante destacar que estamos falando da maior terra indígena do Brasil, onde as riquezas do solo, dos rios, atraíram a atividade criminosa, com altos volumes de investimentos para a prática ilegal do garimpo. Mas estamos mostrando aos criminosos que não vamos tolerar a continuidade desta exploração”, afirmou.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República