13/08/2024 às 21h39min - Atualizada em 13/08/2024 às 21h39min
CONFIDENCIAL: No quase julgamento de Denarium, Fernando Neves e seus societários fracassaram. Sofríveis. por Expedito Peronico
A Coluna de hoje: 13 de Agosto | Poder, Política e Bastidores
Plenário do TSE na sessão desta terça-feira que suspendeu o julgamento do processo de casssação de Denarium. Fernando Neves da Silva, o renovado advogado de causas eleitorais, especialista em sustentação oral nos tribunais superiores, famoso pelos valores milionários cobrados para suas defesas, mais parecia um velho gagá na sustentação oral que fez na ação de cassação do mandato de Antonio Denarium, na sessão desta terça-feira à noite no TSE, em Brasília.
Neves balbuciava ao proclamar suas teses sem conteúdo, inconsistentes e demonstrou total desconhecimento etimológico da palavra Roraima. Não é “Rorãima”, seu débil mental.
O principal advogado de defesa de Denarium preferiu desqualificar as mulheres desembargadoras que comandam o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima. Foi deselegante e ignorante ao afirmar que o TRE não havia mostrado consistência nas cassações do governador nos julgamentos aqui realizados.
Sem vigor físico e intelectual, Neves divagou na Tribuna do TSE. Sem contar que seus sócios, igualmente caquéticos, nem registro fizeram na Presidência da Corte para ter direito de falar. Sinceramente a defesa de Fernando Neves foi um fiasco, sofrível. Mas nada muda não, afinal os milhões de reais que cobrou do Denarium para aqueles poucos minutos de sustentação, já estão na conta.
Na sequência os sócios de Fernando Neves, Eugenio Aragão - este parecia menino com medo alma penada, tremulo, gaguejando e sem argumentos – e Rodrigo Mudrovitsch em nada contribuíram com a defesa do acusado. Se depender dessas sustentações no TSE de seus caríssimos advogados, Denarium estará ferrado.
Mesmo decepcionante – porque todos esperam um desfecho para esta terça – o julgamento de Denarium – nos seus poucos minutos de sessão – foi salvo pela consistência da acusação, tão brilhantemente patrocinada pelo advogado de origem pernambucana Walber de Moura Agra, da coligação acusadora.
Walber foi incisivo, convincente, consistente, pertinente e mostrou que houve sim o abuso de poder econômico e político nos atos, assim como ilegalidades, desqualificando todo o lenga-lenga da defesa de Denarium e seus advogados patéticos.
Ele citou que houve “uma inundação de verbas públicas em ano eleitoral, sem nenhum tipo de pudor”, para a reeleição. Citou que, só em programas sociais, foram utilizados R$ 134 milhões em 2022, e que em anos anteriores, o volume de recursos investidos foi bem menor.
Agra reforçou ainda que o Governo Denarium transferiu recursos emergenciais para apenas 12 municípios administrados por prefeitos aliados deixando mais de 60% da população roraimense residente nos 3 que foram ignorados na transferência da bonança: Boa Vista, Mucajai e São João da Baliza.
Ao contrário dos abastados advogados de defesa, que pareciam figurantes de um filme mexicano, Agra foi pertinente do começo ao fim, enquanto durou seu tempo na sustentação oral. E ainda fez questão de reafirmar a competência do Tribunal Regional Eleitoral e suas valorosas mulheres que julgaram Denarium nas ações iniciais.
Agra sustentou que há provas suficientes que demostram a movimentação de altos valores nas eleições de 2022. “Houve um excesso de provas robustas. Há uma inundação de verbas públicas no ano eleitoral. Dois mil e vinte dois e nenhuma das narrativas aqui tentam desfazer isso. 2022, ano eleitoral. Foi um estelionato eleitoral, uma maquiagem legal sem nenhum tipo de pudor”, disse.
Ele lembrou também que as atitudes do governador que resultaram em três processos de cassação pelo TRE-RR, mostram a gravidade do caso.
“As Cortes dos Tribunais Regionais são mais ligados ao princípio da soberania popular. Quando o Tribunal Regional do Estado de Roraima, por três vezes, e uma no final houve uma modificação, fora tantas outras multas, vem tirar um mandato de um representante, já se traduz a seriedade, a gravidade dos casos”