03/06/2023 às 16h24min - Atualizada em 03/06/2023 às 16h24min

Duas ações contra o garimpo ilegal em Roraima destroem acampamento e aeronave.

Um acampamento e uma aeronave foram inutilizados durante as operações na terra Yanomami em Roraima.

- Fonte: FAB. Fotos: Cmdo Op Cj Amz
Um acampamento foi queimado por agentes da força de segurança que atuam nos garimpos ilegais de Roraima.


 

Com o apoio do Comando Conjunto Operacional Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram, na tarde desta sexta-feira (2), operação de defesa aeroespacial sobre a Terra Indígena (TI) Yanomami, na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA), em Roraima. 

Na ocasião, um tráfego ilícito foi identificado, interceptado e acompanhado por aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), dos modelos E-99, A-29 e H-36. Após a interceptação, o avião irregular pousou em uma estrada de terra a cerca de 70 quilômetros a noroeste de Boa Vista (RR), e seus tripulantes evadiram com dois motociclistas que já os aguardavam no local. Em solo, agentes do IBAMA inutilizaram a aeronave interceptada.

A outra operação ocorreu na quinta-feira (01/06) e tratou-se de missão de reconhecimento na região de Homoxi, TI Yanomami, envolvendo o apoio aéreo prestado pelo Cmdo Op Cj Amz e a ação pela Polícia Federal (PF). No caso, as instalações de um garimpo ilegal foram identificadas e inutilizadas por agentes da PF.

Foram destruídas duas barracas com os utensílios deixados pelos garimpeiros, máquina de lavar, fogão, freezer, motosserra e combustível, além de dois motores de sucção e um gerador movido à gasolina. Apesar de não ter encontrado nenhuma pessoa na localidade, havia indícios de presença humana recente no local, como os alimentos perecíveis em condições de consumo, suficientes para aproximadamente cinco pessoas. 

Além dos agentes da PF, uma aeronave UH-15 da Marinha do Brasil (MB) realizou, também, o transporte de uma equipe de especialistas da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). A equipe realizou coleta de água em reservatórios, rios e córregos, em Homoxi e Palimiu (na TI Yanomami), a fim de analisar possível presença de metais nessas fontes de água. A equipe mediu ainda o pH, o oxigênio dissolvido, a condutividade, a temperatura da água, a turbidez, além da temperatura do ar. A previsão é que os resultados fiquem prontos em duas semanas. 


 
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