Ex-chefe da Casa Civil de Antonio Denarium segue na ‘Lista Suja’ de trabalho análogo à escravidão

09/10/2025 08h51 - Atualizado há 8 horas

Mais de 100 empregadores da Amazônia Legal – entre pessoas físicas e jurídicas – submetem trabalhadores a condições de trabalho análogas à escravidão, conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A “Lista Suja” foi atualizada na última segunda-feira (6), e traz a informação de que 310 trabalhadores nessas condições foram resgatados na região entre 2020 e 2025.

Um dos nomes incluídos na recente atualização da lista, o empresário Disney Mesquita foi chefe da Casa Civil do Governo de Antonio Denarium no primeiro mandato. Nas propriedades de Disney foram encontrados 29 trabalhadores em condições de trabalho análogo à escravidão.

'Lista suja' em Roraima

Em Roraima, 96 trabalhadores distribuídos entre 16 empregadores foram encontrados: Crislane dos Santos Correia (4), Dalva da Rocha Viana (3), Disney Barreto Mesquita (29), Ernani Luiz Schuck (4), Ferrari Construcoes e Servicos Ltda (12), Francisca Rodrigues de Moura (1), Invicta Comercio e Empreendimentos Eireli (7), Jesus Ramon Leonett Leonett (2), Jockey Club Roraimense (1). 

Também integram a lista em Roraima nomes como Jose Fabio Martins da Silva (1), Loteamento Jockey Club SPE Ltda (1), M. Albert. G. Ferreira Ltda (4), Maria de Jesus Silva Lima (1), Roraima Verde Industria e Comercio de Madeiras Ltda (2), Thaliny Nascimento Andrade (2) e Wanderleia Pereira de Lima Raposo (2).

‘Lista suja’ pelo País

No Brasil, a atualização da “Lista Suja” inclui 159 empregadores, sendo 101 pessoas físicas e 58 jurídicas, totalizando 1.530 trabalhadores resgatados entre 2020 e 2025. Os Estados com maior número de inclusões foram Minas Gerais (33), São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Entre as atividades econômicas, destacam-se criação de bovinos para corte (20 casos), serviços domésticos (15), cultivo de café (9) e construção civil (8). Do total, 16% das inclusões referem-se a atividades urbanas.

A publicação da lista é semestral e envolve a atuação de Auditoria Fiscal do Trabalho, Polícia Federal (PF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e outras forças policiais quando necessário.

Denúncias podem ser feitas de forma remota e sigilosa pelo Sistema Ipê, lançado em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho. A plataforma integra o Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo.


FONTE: Ministério do Trabalho. Conteúdo: Revista Cenarium
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