03/07/2023 às 08h07min - Atualizada em 03/07/2023 às 08h07min
Documentário sobre conscientização e combate à violência contra idosos estreia nesta segunda-feira na TV Assembleia.
Filme será veiculado ainda no canal da Assembleia Legislativa no YouTube (@assembleiarr).
- Informações e fotos: SupCom/Assembleia
O documentário “Direito do idoso: respeito não tem idade” estreia nesta segunda-feira (3) na TV Assembleia (57.3), às 13h30, com reprises às 17h30, 20h e 22h30. O filme, que também será veiculado no canal do Poder Legislativo no YouTube (@assembleiarr), traz o assunto alusivo ao Junho Violeta, mês de conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa.
O repórter Williams Dias é o principal responsável pela produção do material. Ele destaca a delicadeza e importância com que esse tema deve ser tratado.
“A gente sabe que, infelizmente, em Roraima o índice de violência contra o idoso ainda é alto e proporcionalmente é um número que preocupa. Sabemos que é um assunto delicado e que nesse sentido estamos falando de pessoas em situação de vulnerabilidade que precisam desses cuidados. É gratificante e importante falar sobre isso porque sabemos a necessidade desse assunto e temos, através deste documentário, uma contribuição por meio do Legislativo para que possamos de alguma forma proporcionar uma qualidade de vida às pessoas e combater uma violência tão cruel como essa”, pontuou.
O repórter ainda conta as dificuldades em encontrar pessoas dispostas a compartilhar suas histórias.
“Por se tratar de um assunto delicado e de uma vulnerabilidade que a pessoa idosa enfrenta, existe, sim, essa dificuldade para se conseguir personagens que possam ilustrar um problema vivenciado por outros idosos. Nesse sentido, a gente pede apoio aos nossos parceiros e assessorias, inclusive de produtores de jornalismo da Assembleia Legislativa, para que a gente possa encontrá-los”, ressaltou.
Uma das histórias contadas no documentário é a do senhor Manoel Alves, de 73 anos, que recebeu uma ligação de uma pessoa desconhecida que solicitava dados pessoais, como senha e CPF. Ele se negou a dar as informações, mas, enquanto estava com a pessoa ao telefone, um amigo chegou e disse que resolveria. No final das contas, esse amigo passou as informações e um empréstimo foi contratado no valor de R$ 10 mil. Alves tentou cancelar, mas não conseguiu. Hoje, paga mensalmente R$ 450 reais pelo empréstimo, que deve ser quitado em 5 anos.
Com uma aposentadoria de um salário mínimo (R$ 1.320), seu Manoel Alves afirma que esse dinheiro está fazendo falta no orçamento. Para evitar outro tipo de transtorno, deixou de atender ligações telefônicas de números desconhecidos. Ele acredita que a golpista aproveitou o fato de ser uma pessoa idosa.
A deputada e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Angela Águida Portella (PP), foi a autora da Lei 1550, que institui o Junho Violeta e 15 de junho como o Dia Estadual de Combate e Prevenção da Violência contra a Pessoa Idosa e explica a importância da implementação da data pelo Legislativo.
“É importante que o Poder Legislativo esteja muito atento a essa questão da violação dos direitos da pessoa idosa. A violência contra esse público não é só a questão da violência física, vai muito além, é o grito, é a negligência, é a falta do cuidado, é usar o dinheiro desse idoso em benefício que não seja dele, são os empréstimos muitas vezes feitos por terceiros e impedindo que essa pessoa tenha condição de comprar o remédio, se alimentar de forma adequada, porque esses recursos estão comprometidos”, afirmou a deputada.
O delegado Paulo Moreira informa como se tipifica um crime contra o idoso. “Existe uma especificidade que é justamente se aproveitar dessa vulnerabilidade. Começamos analisando a circunstância do crime, se a delegacia tem atribuição e trabalha diretamente com a Vara de Vulneráveis. Existem também outros que não estão elencados no Estatuto do Idoso, mas estão no Código Penal em função de ser um crime genérico, sendo apurado em outras delegacias e por fim direcionado a uma especializada”.
A superintendente de Comunicação da Assembleia Legislativa, Sônia Lúcia Nunes, reitera a importância de a emissora legislativa discutir e informar sobre o assunto.
“A Assembleia vem cumprindo um papel muito importante de abrir espaço na programação da TV Assembleia, que é a única emissora que tem vinte e quatro horas de programação local para tratar temas importantes, como a violência contra os idosos. Nós sabemos que muitos são vulneráveis. Os documentários vêm fazendo esse alerta de quais são os casos de violência que devem ser denunciados e também de que forma você pode acolher e cuidar. Afinal, todos nós um dia seremos idosos. Eu quero poder passar para os meus filhos a importância de respeitar pessoas, principalmente os idosos, que têm toda uma contribuição para nossa nação, para o nosso Estado, para nossa cidade”, destacou.
O documentário “Direito do idoso: respeito não tem idade” que estreia nesta segunda-feira (3) na TV Assembleia (57.3), às 13h30, terá reprises às 17h30, 20h e 22h30. O filme permanecerá na grade de programação da emissora e também será veiculado no canal do Poder Legislativo no YouTube (@assembleiarr).
