O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que assina, nesta sexta-feira (4), a ordem de serviço para a retomada da obra do Linhão de Tucuruí. A assinatura ocorrerá em evento em Parintins. Lula deu a declaração em resposta à jornalista Vanderleia Ferreira, durante entrevista ao vivo transmitida pela Rádio 93 FM e outras emissoras da região Norte na manhã desta quinta-feira (3).
Além do Linhão de Tucuruí, o presidente afirmou que pretende retomar o fornecimento de energia da Venezuela. Ele pretende recuperar o Linhão de Guri.
“Isso já poderia ter sido feito. Nós tivemos anos obscuros no País. A destruição da linha de Guri até Roraima atrapalhou muito a vida do povo de Roraima. Nós vamos não apenas amanhã dar a ordem de serviço de Manaus a Boa Vista, como a gente está assumindo o compromisso de recuperar a linha que vem da Venezuela… nós vamos reinaugurar essa linha para ninguém ter que viver de apagão o tempo inteiro”, explicou.
Além disso, Lula afirmou que pretende voltar a Boa Vista para inaugurar a obra. “O trabalho vai começar e eu espero que antes de terminar o meu mandato eu possa voltar a Boa Vista para que a gente possa inaugurar“.
Para o presidente Lula, um fornecimento de energia segura representa dignidade para o povo de Roraima. “Em vez de Boa Vista que fica no escuro, [a cidade] vai ser chamada de cidade luz, porque vai ter muita energia para o povo de Boa Vista viver dignamente e para todo o povo de Roraima. Isso vai acontecer de verdade e amanhã nós estaremos em Parintins anunciando isso”.
O Governo Federal irá construir cerca de 715 km de linha de transmissão, sendo 425 km no estado de Roraima e 290 km no Amazonas. Desse total, cerca de 122 km passarão pela Terra Indígena Waimiri-Atroari, margeando a BR-174, rodovia federal que liga as duas capitais.
O Linhão de Tucuruí constitui a maior ação ambiental do Ministério de Minas e Energia (MME). O empreendimento vai diminuir a geração de energia por meio de fontes de combustíveis fósseis (termelétricas). E o seu custo, além de reduzir a emissão de poluentes prejudiciais ao meio ambiente.
O Conselho de Defesa Nacional (CDN) designou e qualificou o projeto como estratégico pela Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI). Do mesmo modo, no passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), reconheceu a interligação como de interesse estratégico por meio da Resolução CNPE 9/2022.