Mais de 6.000 horas de voo, 1.200 militares envolvidos, 63 meios aéreos, terrestres e marítimos utilizados, 350 indígenas transportados, quase 30 mil cestas básicas enviadas, mais de 700 toneladas de cargas lançadas, 3.000 atendimentos médicos e 100 Evacuações Aeromédicas (EVAM) realizadas.
Esses números traduzem seis meses de ações no âmbito das Operações Yanomami e Ágata Fronteira Norte e refletem a prontidão permanente e a dedicação incansável dos militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB). Muitos deles deixaram as famílias por semanas, sem data para voltar, para prestar apoio logístico humanitário, prevenir e reprimir o garimpo ilegal nas Terras Indígenas Yanomami (TIY).
A consequência de todas essas ações é o combate direto à malária, desnutrição infantil, contaminação por mercúrio e exploração sexual na região, além do enfrentamento à degradação do meio ambiente a longo prazo, uma problemática que envolve não somente a geração atual, mas, principalmente, as próximas.
Hospital de Campanha
Os dados contabilizados ao longo da operação comprovaram uma melhora significativa na saúde dos indígenas. Sobretudo, confirmaram que o exercício de gestão da saúde, no sentido de proteger, promover e recuperar a saúde dos povos nativos, bem como orientar o desenvolvimento das ações de atenção integral à saúde, foram executados de maneira efetiva.
Transporte emergencial
Transporte de cestas básicas
Em cada lançamento, as aeronaves percorrem algumas centenas de quilômetros sobre a Amazônia. Em seguida, são recebidas no solo e estocadas para serem entregues nas comunidades indígenas. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) é a responsável por designar a comunidade que será abastecida com o mantimento, além de acompanhar e entregar cada cesta disponibilizada.
A partir disso, aeronaves da MB, do EB e da FAB apoiam a FUNAI e realizam a entrega das cestas nas mais remotas regiões da terra indígena. O KC-390 Millennium, o C-130 Amazonas e o C-98 Caravan são exemplos de aeronaves da FAB que contribuíram para a chegada de alimentos às comunidades indígenas Yanomami.
Controle do espaço aéreo
Outra missão de reconhecimento, dessa vez na região de Homoxi, envolveu o apoio aéreo prestado por militares das Forças Armadas a uma ação da Polícia Federal (PF). Instalações de um garimpo ilegal foram identificadas e inutilizadas por agentes da PF. Foram destruídas duas barracas com os equipamentos deixados pelos garimpeiros.
Essas foram apenas duas das ações diárias que demonstram o preparo operacional dos militares que atuam no controle do tráfego aéreo na região.
Combate ao garimpo ilegal
A Operação tem atuado na repressão e na segurança de diversas áreas estratégicas da TIY, como é o caso de Homoxi, onde está situada a Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI), a única da região e que atende cerca de 700 indígenas. Outro ponto estratégico é a comunidade de Parafuri, onde a Operação Ágata tem realizado um trabalho de reestruturação, pois a região é ponto de constantes desavenças entre as comunidades locais.
O impacto social e todos os dados relacionados às duas operações são exemplos concretos da determinação em fazer valer a lei e combater atividades prejudiciais ao meio ambiente e às comunidades locais. Todo esse trabalho demonstra a seriedade das Forças Armadas no combate ao garimpo ilegal, proteção das comunidades indígenas e o compromisso em preservar os recursos naturais para as futuras gerações.