28/06/2024 às 12h53min - Atualizada em 28/06/2024 às 12h53min
Ministério da Saúde já gastou mais de R$ 34 milhões na assistência do povo Yanomami em Roraima
Valor chegou a R$ 34,2 milhões em um ano e meio. Principais investimentos foram em obras de saneamento como implantações e reformas de sistemas de abastecimento de água e módulos sanitários
Os investimento do Ministério da Saúde na assistência do povo Yanomami subiu 2.498% em um ano e meio. O montante saltou de R$ 1,3 milhão, entre 2019 e 2022, para R$ 34,2 milhões. O valor, de acordo com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), foi usado na ampliação e melhoria da estrutura da saúde do povo Yanomami.
Os principais investimentos foram em obras de saneamento, como implantações, reformas e ampliações de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Módulos Sanitários Domiciliares (MSD). No período, segundo a Sesai, foram realizadas intervenções nas edificações de saúde como em unidades básicas de saúde indígena (UBSIs), na casa de saúde indígena (Casai), na sede do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e em polos base de saúde. “As ações fazem parte da reestruturação das políticas de saúde e de cuidado aos povos indígenas após anos de desassistência e abandono”, destaca a secretaria.
A mais recente obra entregue, em 16 de junho, é um refeitório com cozinha na Casai Yanomami. O local tem capacidade para atender a mais de 500 indígenas. A obra custou R$ 2 milhões. Lá, serão servidas cinco refeições diárias aos indígenas internados na casa de saúde. De acordo com o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, a estimativa é que 2,5 mil pratos sejam servidos diariamente no local.
O governo federal possui um plano de ação que prevê novas obras no território, entre elas a reforma de 22 UBSIs e a reforma completa da Casai Yanomami.
Ação conjunta O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, em uma ação interministerial, o Ministério da Saúde aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater as principais doenças, como a malária e a desnutrição no território Yanomami.