Neste sábado, 29, a 9ª edição do “Prefeitura com Você” levou os serviços da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI) para os moradores das 13 comunidades do baixo São Marcos, garantindo que cada cidadão tenha acesso ao suporte necessário para melhorar a vida no campo.
A SMAAI viabilizou a inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), um requisito básico para que pequenos produtores tenham acesso às diversas políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento e fortalecimento da agricultura familiar. A inscrição é gratuita e válida por 2 anos.
“A prefeitura está presente durante todo o ano nas comunidades para auxiliar e apoiar os agricultores indígenas. Hoje não seria diferente. A administração municipal reconhece a importância de estar presente no cotidiano da população, por isso, trouxemos este serviço inédito para eles”, disse o secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto.
Sem o CAF, o agricultor familiar não consegue obter recursos do Pronaf, não tem acesso a Assistência Técnica e Extensão Rural, ao Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE, ao Programa de Aquisição de Alimentos - PAA, ao Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio – PMDA, tanto para insumos quanto para irrigação, dentre tantas outras políticas públicas disponíveis.
Neuci Macuxi, produtora rural, de 56 anos, conseguiu se inscrever. Agora a produção de milho dela deve chegar às escolas da rede municipal de ensino. “Gostei dessa iniciativa. Esse cadastro vai facilitar muito o meu trabalho e me ajudar a escoar a minha produção. A ação chegou em boa hora!” comemorou.
Agricultura: investimentos na área indígena
Para ser ter uma ideia, a Prefeitura já investiu R$ 5.480.378,13 entre os anos de 2021 e 2024. Nesse período, foram 672 famílias atendidas e 323 hectares plantados. Além de 22.854 animais vacinados e vermifugados por meio da Campanha de Vacinação contra a Aftosa que acontece todos os anos.
Em geral, os recursos são investidos na compra de insumos, vacinas, materiais de construção, kits de irrigação fotovoltaica, caminhões, tratores e implementos agrícolas e muito mais. É importante ressaltar, que 100% das comunidades indígenas contam hoje com iluminação de LED, ou seja, o mesmo investimento na área urbana acontece nas comunidades.
Projetos da prefeitura garantem desenvolvimento e geram oportunidades
Projeto de Piscicultura Moro Morí – O projeto incentiva à criação de peixes nas comunidades com escavação dos tanques, bem como capacita os produtores e fornece materiais para o controle d’água, dos alevinos, rações, além da assistência técnica continuada até a despesca. A prefeitura já escavou tanques em 11 comunidades, dentre elas, Truaru da Cabeceira, Morcego, Serra da Moça, Ilha, Vista Alegre, Vista Nova, Darôra, São Marcos, Campo Alegre, Lago Grande e Reino de Deus. A expectativa é chegar em todas as comunidades até o final do ano. Na primeira despesca na Serra da Moça foram retirados 1.800kg e na segunda, no Darôra, outros 2.000 kg, totalizando 3,8 toneladas de peixe.
Sistema de irrigação fotovoltaica – A agricultura familiar também tem alta tecnologia e sustentabilidade na geração de energia limpa e renovável por meio de painéis fotovoltaicos. Foram 35 kits entregues no ano passado para comunidades indígenas e área rural e esse ano serão instalados mais 97 kits. Em 2023, foram contemplados agricultores familiares das comunidades da Serra da Moça, Darôra, Vista Alegre, Campo Alegre e Grupo Aurora do Campo. Em 2024, devem ser atendidas todas as outras comunidades (exceto Bom Jesus).
Casas de Farinha – A agricultura indígena de Boa Vista ganhou reforço com a entrega de 2 casas de farinha. Isso levou a redução do processo de fabricação da farinha de 10 dias para 48 horas, em média, proporcionando mais agilidade no processamento e aumento na produção das comunidades.
Projeto Hortifrútis – O projeto atende as comunidades Serra da Moça, Serra do Truaru, Morcego, Ilha, Campo Alegre, Vista Alegre, Vista Nova, São Marcos, Mauixi, Três Irmãos, Darôra, Milho, Truaru da Cabeceira, Reino de Deus, Lago Grande e Bom Jesus, com a produção de melancia e melão e diversas outras culturas.