Glicério - ao centro - com dirigentes da Bipasa, beneficiária do esquema ilegal de compra de crédito de carbono.
O presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), Glicério Marcos Fernandes Pereira, foi demitido após ser denunciado em esquema irregular e bilionário de venda de crédito de carbono de florestas do sul de Roraima.
Questionada sobre o assunto na época, a Fermarh respondeu em nota que o contrato respeitou as normas legais e visava realizar inventários ambientais sem exploração das áreas.
Glicério assumiu a presidência da Femarh em outubro de 2021. Antes disso, ele executava a função de Diretor de Monitoramento e Controle Ambiental (DMCA).
AENTENDA O CASO A beneficiária do esquema na venda de crédito de carbono é a empresa Biosphere Projetos Ambientais S.A – BIPASA, que já foi denunciada por processos semelhantes em outros estados da região Norte.
O Governo do Estado de Roraima, por meio da Femarh, celebrou contratos de R$ 1.993.084.736 (um bilhão, novecentos e noventa e três milhões, oitenta e quatro mil, setecentos e trinta e seis reais) e outro de R$ 1.033.788.800(um bilhão, trinta e tres milhões, setecentos e oitante e oito mil, oitocentos reais), no total de R$ 3.026.873.536 três bilhões com a referida empresa para a exploração do Crédito Carbono na região do Baixo Rio Branco.
De acordo com os contratos, os valores a serem repassados a empresa será de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais) por cada hectares das Unidade de Conservação, que corresponde a 323,059,00 hectares (Parque Estadual das Nascentes) e 622.838,98 hectares (Reserva de Desenvolvimento Sustentável Itapará-Boiaçu). Valores que alcançam o montante de R$ 1.033.788.800 (um bilhão, trinta e três milhões, setecentos e oitante e oito mil, oitocentos reais) através do contrato nº 78 e R$ 1.993.084.736 (um bilhão, novecentos e noventa e três milhões, oitenta e quatro mil, setecentos e trinta e seis reais) através do contrato nº 79.