06/09/2024 às 06h56min - Atualizada em 06/09/2024 às 06h56min

Fazenda era usada por garimpeiros como apoio em Território Yanomami em Roraima, aponta PF

De acordo com investigação, uma propriedade sequestrada judicialmente esta semana funcionava como “uma espécie de porto” para o funcionamento do garimpo

Fazenda era usada por garimpeiros como apoio em Território Yanomami, aponta PF • Foto:Divulgação
A Polícia Federal aponta que uma fazenda sequestrada judicialmente durante a Operação Taurus Aureus nesta semana era utilizada como importante ponto de apoio ao garimpo ilegal no Território Yanomami, em Roraima.

De acordo com o delegado federal Michel Saliba, a propriedade funcionava como “uma espécie de porto”, atuando na distribuição de remessa de suprimentos para o funcionamento do garimpo e no recebimento do ouro advindo da prática.

O sequestro judicial é uma medida da Justiça que deixa um bem indisponível até que haja uma decisão final no processo. Na terça-feira (3), além de cumprir o bloqueio da propriedade rural, a PF prendeu cinco pessoas ligadas ao garimpo ilegal no Território Yanomami e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão.

Saliba afirma que dentre os presos preventivamente estão garimpeiros; financiadores; compradores do ouro advindo da terra Yanomami e pessoas que agiam na logística de fornecimento de suprimentos para o garimpo.

“Foram identificados diversos grupos que atuavam no auxílio ao funcionamento do garimpo ilegal […]. O garimpo depende da existência de diversos bens e suprimentos, e esse pessoal realizava o fornecimento desses suprimentos”, explicou o delegado.

A operação de terça, realizada nos estados de Roraima e Rondônia, buscou descapitalizar as organizações criminosas responsáveis pelo garimpo ilegal na terra indígena.
Os investigadores dizem que são medidas legais de garantia e reparação dos “imensuráveis danos ambientais causados pela atividade”.

Os mandados estão diretamente ligados à Operação Libertação, a ação permanente iniciada em fevereiro de 2023 por determinação do então ministro da Justiça Flávio Dino, para desintrusão dos invasores da Terra Indígena Yanomami.
 
Fonte: PF
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