06/01/2025 às 14h06min - Atualizada em 06/01/2025 às 14h06min

COLUNA DO PERÔNNICO: Denarium 'premia' coronel envolvido em corrupção eleitoral com cargo de comando na PM

Poder, Política e Bastidores

Foto: Redes Sociais
No governo de Denarium (PP) o oficial da PM que comete crime ou que esteja envolvido em algum ilícito, não é punido, ao contrário, é premiado. Estão ai os exemplos: recentemente ele reverteu ao quadro de oficiais o capitão Helton Jhon da Silva de Souza. 

O capitão, acusado de envolvimento no assassinato de um casal de agricultores, havia sido preso preventivamente no início de 2024. O crime, ocorrido no município de Cantá, teria sido motivado por uma disputa de terras. 

Agora – pasmem! – Denarium coloca como chefe do Comando de Policiamento do Interior (CPI) o coronel Francisco Lisboa Júnior. Lisboa é um dos investigados na Operação Martellus, desencadeada pela Polícia Federal em 18 de dezembro de 2024.

Sem contar que Denarium mantém no posto máximo de Comandante Geral da PM o coronel Miramilton Goiano que responde a um rosário de acusações sobre comércio ilegal de armas e munições para garimpos.
 
Preso por corrupção eleitoral
Recentemente Lisboa foi preso pela Polícia Federal na Operação Martellus, por envolvimento em corrupção eleitoral.

É citado no inquérito como cúmplice de Genilson Costa – atual presidente da Câmara de Vereadores de Boa Vista – em ações criminosas de compra de votos nas últimas eleições.

Lisboa que ocupava o cargo de sub-comandante geral da PMRR, foi exonerado após ser preso na operação. E agora é premiado com cargo de comando
 
“Confidencial-informante”
De acordo com as investigações, Lisboa – então sub-comandante geral da PM – informava Genilson sobre as denúncias que a corporação recebia, relativas à compra de votos.

De acordo com a PF, o coronel prestava informação para Genilson sobre denúncias recebidas em relação a compra de votos investigada.

O vereador, apontado como líder do esquema, realizava o pagamento de valores entre R$ 100 e R$ 150 em troca de votos. O crime era organizado em grupos de WhatsApp.
 
Associação ao tráfico
Consta ainda no inquérito da PF que o coronel Lisboa é investigado por associação ao tráfico de drogas para ajudar na compra de votos nas eleições municipais de 2024, para o vereador e presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos), também preso durante a operação.

“O inquérito policial aponta que o vereador, que já foi investigado em outros momentos por diversos crimes, teria recebido patrocínio do tráfico para o exercício de suas atividades parlamentares, inclusive, para a disputa à Presidência da Casa Legislativa municipal”, diz a nota em site da PF.
 
Lisboa e Miramilton
A prisão do subcomandante ocorreu cerca de um mês depois do anúncio da nomeação dele para o cargo do alto escalão da PM-RR.

Coronel Lisboa Júnior assumiu o cargo de segunda maior importância da corporação, ficando atrás apenas do comandante-geral Miramilton Goiano, que foi um dos investigados na operação da PF, realizada em novembro deste ano, por suspeita de envolvimento no comércio ilegal de armas de fogo e munições no Estado.

Além disso, o subcomandante assumiu o posto após o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP-RR), exonerar a primeira mulher subcomandante da PM-RR, coronel Valdeane Alves, que estava na posição há quase dois anos.
 
A brincadeira custou R$ 4 milhões
No texto do inquérito da PF é destacado que, com base nas anotações do próprio vereador, estima-se que cerca de R$ 4 milhões foram destinados à compra de votos nas eleições de outubro.

O valor é superior, por exemplo, ao patrimônio de Genilson, que é de R$ 120 mil, e o total líquido de recursos para a campanha, que eram de R$ 514 mil.

Genilson acabou sendo eleito com 3.744 – o terceiro mais votado entre os 23 escolhidos.

Se divididos os gastos pela quantidade de votos obtidos, ele 'torrou' mais de 1 mil reais por cabeça.

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