O hospital da Criança de Boa Vista é referência em atendimento e atende pacientes de Roraima, da Venezuela e Guiana.
Pulsa na internet a costumeira histeria de quem é pago, via direta, com os cargos comissionados ou aqueles que se contentam com as migalhas dos velhos, conhecidos e famigerados “jabás”. O fato é que pessoas ligadas ao governador Antonio Denarium (PP) resolveram deflagrar uma campanha difamatória contra o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB) culpando-o porque algumas goteiras derramaram água nas dependências do Hospital da Criança Santo Antônio.
As fortes chuvas que caem sobre a cidade, acompanhadas de fortes ventanias, têm causado danos em prédios da cidade. No caso do Hospital da Criança houve afastamento das telhas e consequente vazamento de água pelos conduítes na área da UTI, mas não aconteceu queda do forro nem feriu crianças ali internadas. Ao término da tormenta o prefeito Arthur foi imediatamente ao local do ocorrido e a Prefeitura respondeu rapidamente ao problema, devolvendo o local para seus fins devidos. Os reparos realizados na cobertura do prédio permitiram que a UTI voltasse a receber pacientes neste sábado (1/7).
Mas por que culpar o prefeito pelo ocorrido? Bem, em Roraima isso é comum pela polarização que mistura tudo e pelo equívoco ideológico com que determinados grupos dominantes locais lidam com a política. E o caso da água pingando no HCS logo atiçou a turma do governador que se viu obrigada a injuriar o prefeito, uma espécie de contraposição às criticas que a saúde estadual tem recebido por seus desmantelos. Que o diga a Maternidade de Lona.
Culpar o prefeito por um respingo, diante de tantos problemas enfrentados pelo município nos últimos anos, sobretudo pela migração venezuelana que entope as estruturas do Hospital da Criança todos os dias, é exagero. Responsabilizar o prefeito porque a ventania removeu algumas telhas da cobertura da UTI, ocasionando goteiras pelo encanamento da fiação, sem dano algum aos pacientes ali internados, constitui um fenômeno sociopsicológico que é definido para quem costumam ter atitudes cínicas com único propósito de beneficiar seus próprios interesses.
A Prefeitura de Boa Vista – desde as gestões anteriores de Teresa Surita – tem referenciado outras cidades do Brasil pelo cuidado com as pessoas e pela escolha das obras que realiza. A capital roraimense transformou-se há anos em um canteiro de obras. Obras de canalização e drenagem, construção de galerias pluviais, asfaltamento de ruas em todos os bairros, atuação preventiva em áreas de risco e soluções imediatas como limpeza diária ruas e no período chuvoso a Patrulha da Chuva cuida de atuar em toda a cidade para evitar alagamentos.
Portanto não se pode culpar o prefeito por eventuais negligências, ou seja, ausência de obras que poderiam ter evitado os desastres, como bueiros ou o desentupimento desses, porque essas ações já fazem parte das obrigações regulares da Prefeitura de Boa Vista há anos.
Usar redes sociais para apedrejar o prefeito Arthur Henrique pelo ocorrido no Hospital Infantil, é obvio, faz parte da estratégia do Governo para tentar encobrir seus próprios defeitos. Porque o hospital municipal é modelo de atendimento, reconhecido dentro e fora do Brasil. É o único que atende crianças de todo o Estado, além de áreas indígenas e tem estado sobrecarregado com pacientes migrantes venezuelanos e da vizinha Guiana. É tanta carga que só em 2023, 80 mil crianças foram atendidas no HCST.
O hospital tem se modernizado a cada ano. E tem projetos de duplicar sua capacidade com a construção de novos blocos. Desde a gestão de Teresa e prosseguindo na administração de Arthur, o hospital recebeu inúmeras melhorias que otimizaram os serviços, como ampliação dos leitos de UTI, dobrou a capacidade do trauma, ganhou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) anexa; investimentos nas salas de centro cirúrgico, administrativo, de internação e laboratório; criação do Núcleo de Reabilitação da Criança Portadora de Fissura Labiopalatina, dentre outras. Por tudo isso, não é justo sentenciar a administração por uma ocorrência absolutamente isolada.
Por outro lado é razoável lembrar que ali do lado, vizinho do Hospital da Criança, a Maternidade Estadual, batizada de “Maternidade de Lona”, não é bom exemplo a ser seguido como gestão em saúde pública. A estrutura improvisada custa ao bolso do povo roraimense a estratosférica monta de R$ 1 milhão em aluguel por mês, um contrato vergonhoso porque o Governo de Denarium não tem a capacidade devida de devolver às famílias roraimenses o Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em reforma desde o primeiro mandato.
Roraima é o único lugar do Brasil onde as mulheres têm seus filhos em uma Maternidade de Lona improvisada. Uma estrutura que, em dias de chuva, corre o risco de alagar e desabar, como já aconteceu várias vezes. E além da estrutura improvisada, sobram as denúncias sobre a falta de profissionais e até de materiais básico. Assim, não é raro ver notícias nos jornais locais de mães que, mesmo em trabalho de parto, são mandadas pra casa. Ou ainda, sobre as mães que passam dias sofrendo as dores do parto sem nenhuma providência.
Assim se formos comparar a saúde municipal com a estadual, a diferença é estelar. Boa Vista está a alguns nos luz de Roraima. E a Prefeitura está trabalhando para ampliar ainda mais as melhorias no atendimento oferecido no Hospital da Criança.