A revista Veja (uma das maiores publicações informativas do Brasil) destacou em sua mais recente edição qie a Assembleia Legislativa de Roraima recebeu mais um pedido de abertura de impeachment contra o governador Antonio Denarium (PP). É o sétimo protocolado na Casa. O documento é assinado pelo ex-senador Rudson Leite (PV) e Fábio Almeida (PSOL), ambos derrotados pelo governador na eleição passada.
O pedido reedita as acusações que já pesam contra Denarium na Justiça Eleitoral, onde ele é alvo de três processos de cassação por suspeita de ter usado a máquina pública para se reeleger. No texto, os autores apresentam o que chamam de “novos documentos”.
“É inegável que Denarium coleciona inúmeras controvérsias alusivas a sua gestão pública, acusações que se lastreiam em investigações repetidamente veiculadas pela imprensa, revelando uma suposta prática abusiva de poder político/econômico, bem como imputadas fraudes e superfaturamento de contratos, desvio de recursos públicos, formação de milícia, nepotismo, além de seu conjeturado envolvimento em esquemas de agiotagem, grilagem de terras e apoio ao garimpo ilegal em terras indígenas”, diz um trecho do pedido.
A Assembleia Legislativa é presidida pelo deputado estadual Soldado Sampaio (Republicanos), antigo aliado de Denarium. Sampaio apoiava o governador desde 2018, quando se elegeu pela primeira vez. Ele se manteve ao lado de Denarium no projeto pela reeleição, mas, em abril deste ano, os dois romperam.
Questionado sobre o assunto, Sampaio disse que encaminhou o material para análise da Procuradoria da Casa com objetivo de verificar os requisitos legais do pedido. Afirmou ainda que a previsão é de que o plenário decida sobre a abertura do processo de impeachment na semana que vem. “Diante da gravidade das denúncias oferecidas, devo aceitar o pedido e deixar o plenário decidir sobre a abertura do processo”, disse a VEJA.
Abuso de poder político e econômico Denarium já sofreu três condenações de cassação de mandato desde agosto de 2023 – todas referentes a supostas irregularidades cometidas nas eleições de 2022. Dois processos contra Denarium ainda tramitam no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR). O terceiro, em fase de recurso, já está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda sem previsão de ser analisado pelos ministros. Mesmo com as condenações, a Justiça autorizou Denarium a permanecer no cargo.