19/08/2024 às 09h06min - Atualizada em 19/08/2024 às 09h06min

CONFIDENCIAL: Um trisal político em Boa Vista e a Sucupira de Odorico Paraguaçú. por Expedito Perônnico

A Coluna de hoje: 19 de Agosto | Poder, Política e Bastidores

Chegamos ao absurdo nesse período de campanha eleitoral em Boa Vista testemunhando algo jamais visto na história política da capital: dois candidatos de um mesmo Partido político disputando o mesmo cargo de prefeito e com o mesmo vice. Ou seja um trisal político que nunca se se viu na disputa pela Prefeitura da Capital, cujo fato se consolidou como o mais burlesco e ridículo do momento.

O fato é tão inusitado e pitoresco que se compara aos fenômenos da fictícia Sucupira, a cidade imaginária do coronel Odorico Paraguaçú, na genial novela o ‘Bem Amado’ de Dias Gomes onde quase tudo se podia nos grotões da velha política.

Os mais antigos vão lembrar que o prefeito Odorico Paraguaçú era apenas uma deformação, mas na medida em que todos seguiam e se posicionavam a partir da narrativa proposta por ele, no final das contas eram todos parte do mesmo elenco. Coincidência ou não é o que vemos nessa bagunça toda roteirizada por Denatrium e companhia.

Na nossa Sucupira de agora, Antonio Nicoletti, o deputado federal e Catarina Guerra, a deputada estadual são do partido União Brasil e tiveram suas candidaturas à Prefeitura de Boa Vista registradas na Justiça Eleitoral e ambos têm o Sargento Damosiel (PDT) como vice.

| Damosiel é o vice de Nicoletti. De Catarina também

 
Mas toda essa confusão que envolve toda essa incongruência tem a Justiça Eleitoral como conivente. Por que até os leigos têm a devida ciência de que um mesmo Partido não pode ter dois candidatos na disputa por um mesmo cargo e com um mesmo vice. E todo mundo sabe que um candidato a prefeito só pode ser legitimado por uma Convenção Municipal.

Para resumir: Antônio Nicoletti foi o escolhido com 11 votos numa convenção que a própria Catarina se registrou como postulante à indicação e ganhou 6 votos de lambuja. Então Nicoletti tá dentro. Catarina tá fora. E a pretensa candidatura não prosperaria assim mesmo. Primeiro por ser ilegal, depois pelas demandas de impugnação que se avolumam no TRE.

E a nossa vagarosa Justiça Eleitoral já devia ter resolvido isso até para evitar confusão na cabeça do eleitor e dar mais transparência ao pleito.
Catarina, empurrada pela ganância de poder do grupo governista – comando pelo governador cassado Antonio Denartium – deve ter a candidatura sacada porque sua escolha, feita por uma resolução da Executiva Nacional do seu Partido, não tem respaldo jurídico nenhum.

E Nicoletti – que deve ser conservado na posição de candidato – terá um papel de figurante na campanha porque não reúne condições de se consolidar como liderança a ponto de derrotar o atual prefeito Arthur Henrique que tudo indica sairá vitorioso na busca pela reeleição com larga vantagem.

Mas tudo isso tem um precedente: a ambição pelo poder. O projeto que cerca a candidatura de Catarina não tem aspiração política, mas a cobiça por domínio. É a vontade de um grupo político caótico, no comando de uma gestão igualmente desordenada que tenta consolidar um império político como se o Estado fosse propriedade pessoal.

Na chefia desse projeto fracasso estão Antonio Denarium e seu fiel escudeiro Hiran Gonçalves. Segundo Nicoletti o senador tem se revelado um mau-caráter por praticar atos desleais, maldosos e traiçoeiros. Para quem não sabe foi pelas mãos de Nicoletti que na eleição passada Hiran embolsou uma verdadeira “baba”: R$ 2,9 milhões do União Brasil que garantiram o fechamento da campanha de senador.

Recentemente Nicoletti acusou Hiran de ter articulado em Brasília, junto com Denarium uma intervenção na Executiva Municipal para afastar a possibilidade de candidatura do deputado.  

 

 “É um ato sorrateiro daquele senador [Hiran] do Progressistas, que pouco faz no Senado Federal e pouco traz para o nosso estado de Roraima. Ele gosta de interferir em outros partidos, não cuida da casa dele e quer cuidar da casa dos outros. Eles estão se metendo aqui dentro da União Brasil”, desabafou Nicoletti.

Enquanto Denarium, Hiran, Catarina e Nicoletti se engalfinham, Arthur Henrique (MDB) surfa na campanha – ocupando as ruas de Boa Vista praticamente sozinho – carregado pela onda de uma boa gestão e consolidada pela última pesquisa Atlas Intel, como o 2º prefeito mais bem avaliado do país entre as capitais, com 80% de aprovação. 

O chefe do Executivo Municipal fica atrás somente do prefeito de Recife, capital de Pernambuco, João Campos (PSB), quem lidera o ranking com 81%. A gestão de Arthur tem ainda o menor índice de reprovação que é de 14%.

E como a campanha pela Prefeitura de Boa Vista acaba de começar, é hora de relembrar que a capital roraimense tem mais do que um prefeito. Tem alguém que cuida da cidade, que se preocupa com cada um de seus habitantes, que tem a vocação para ser gestor. Arthur Henrique tem sido incansável na entrega de creches, de escolas, de unidades básicas de saúde, são centenas de obras por todo município – do centro à zona rural.

Em menos de quatro anos, Arthur Henrique fez importantes entregas para a população de Boa Vista, obras na saúde, educação, infraestrutura são marcas de uma gestão planejada e compromissada com resultados que mudam a vida das pessoas. Foram nove unidades básicas entregues, sendo três em locais onde não havia posto de saúde: bairros Airton Rocha (Pérola), Said Salomão/ Pedra Pintada e P.A Nova Amazônia, a primeira da história da zona rural de Boa Vista.

Na educação, Arthur criou mais de 11 mil vagas na rede municipal de ensino com a entrega de 15 escolas e creches e ampliação de várias unidades. Melhorar a infraestrutura da cidade também é prioridade na gestão. Boa Vista recebeu 57 Km de asfalto em 207 ruas, 42 km de drenagem e teve 30 pontos de alagamento solucionados. A cidade está chegando a 100% de iluminação de led.

Boa Vista conquistou o 1° lugar entre as capitais com maior liberdade para empreender do Brasil, com iniciativas como a Agência de Empreendedorismo e Fomento (AME) e o programa Descomplica, que facilitam a abertura de empresas e apoiam pequenos empreendedores a iniciarem seus negócios.

Ai se no decorrer destes próximos dias algum candidato desavisado for propor mudanças como proposta de campanha, a população e o eleitor boa-vistense certamente farão a seguinte pergunta: “Mudar para quê”?.

 
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